segunda-feira, 24 de junho de 2013

Dias de luta, dias de glória

Semana passada, um milhão de pessoas foram as ruas. Há um pouco mais de uma semana, no dia 10, cerca de 5 mil pessoas foram violentamente reprimidas pela Policia Militar paulista na Avenida Paulista, símbolo da cidade de São Paulo. Com a transmissão dos horrores provocados pela PM pela internet, muitas pessoas se mobilizaram para participar do ato seguinte, que seria realizado no dia 13. A pauta era a revogação no aumento das tarifas de ônibus. E agora a coisa já é bem maior.

Não há uma pauta clara nos protestos. O movimento está difuso. Isso é muito ruim. Já fui às ruas, na época em que era estudante secundarista, mas eu e minha geração tínhamos uma bandeira de luta: o passe livre. Está faltando unidade.

A primeira característica deste grande  movimento é que começam na internet e depois se movem para o cenário urbano. No mundo real, celulares à mão, repetem a estrutura das redes sociais para se informar. A informação e os acordos são construídos assim, em rede. Lição número um: não há líderes.

A política brasileira está inoperante. Sou a favor do protesto inteligente. Não quero defender um discurso antí-politico, mas essa onda de manifestações devem ter origem, lado, unidade. Acredito e acho lindo o movimento que nasce da  indignação,  passa pelas ruas. É emocionante. Mas se não gerar resultados nas urnas.

Ontem mesmo um jornalista na Globo News foi atingido por uma bala de borracha. O Colega estava tralhando, não pediu para estar ali. Por causa de meia dúzia de vandalos, ele foi atingido pela polícia.

Tudo depende que sejamos líderes de nós mesmos em primeiro lugar pois após milênios de impregnação opressiva a maior parte de nossos pensamentos, afetos e percepções não são nossos mesmos, mas atravessamentos de discursos.. Para sermos livres e liderando a cada um de nós de maneira efetivamente livre co-liderarmos em rede os nossos destinos!

Como acho a esperança um dos mais belos sentimentos para se ter e como acredito muito nas pessoas e nas mudanças, fiquei feliz que Dilma tenha prometido 100% dos royalties do petróleo para a educação. Acho que estamos diante de uma nova era. Brasil é o país do futuro. Tenhamos esperança e vamos à luta sim!