sexta-feira, 22 de junho de 2012

Se essa rua fosse minha


De forma horizontal e pacifica um movimento com os mesmos princípios que o famoso Ocupa Rio, que passou quarenta e cinco dias na Cinelândia em outubro do ano passado, na Praça no Passeio, bem perto de onde foi realizada a Cúpula dos Povos. O movimento nasceu da indignação coletiva, pelo amor e vontade de lutar para construção de outro mundo, um mundo melhor. Os ativistas reivindicam uma maior participação popular nos processos de decisão, seja ela política, econômica ou social.
flores nas mãos armas no chão
 Com cartazes de crítica as atividades da Rio+20 e a própria Cúpula, ativistas tiveram uma programação autogestionada. Um militante que se identificou como Pedro Indignado definiu a Rio+20 como a convenção das raposas para o bem estar das galinhas. “Sou contra esse evento chapa-branca onde tudo é uma farsa” declara. Nem o Rio+20 nem a Cúpula dos povos
No Ocupa Povos, não existe representação, nem democracia. Ninguém tutela ninguém, cada um fala por si. Mas não existe individualismo, tudo que é realizado visa o bem de todos. O movimento conta atualmente com a participação de ativistas de muitos lugares: Belo Horizonte, Porto Alegre, São Paulo, Bolívia Uruguai e até o gigantesco Ocupa Wall Street.


Agenda autogestionada
Mãe de dez filhos, Patrícia Queiroz, 37 anos, Mora há 25 anos na rua. Atualmente Patrícia tem casa, mora na Rua por opção. “Sou a favor da liberdade. Sou contra a criminalização dos moradores de rua. Cada um sabe de si. É na rua que a vida acontece”. Revela. Nesse contexto, “morar na rua” não é somente falta de opção, mas uma afirmação de indignação ante a situação de desigualdade, exploração, descaso, criminalização. E o mais importante: afirmação da liberdade. “Todo cidadão tem o direito de ir e vir”.  “O morador de rua é um resistente, é na rua que a vida acontece.” Conclui.

quarta-feira, 20 de junho de 2012

Marcha a ré leva centenas as ruas durante Rio+20


 Por Juliana Portella
Foto: Raquel Oliveira

Foto Raquel Oliveira
Movimento de denúncia contra os retrocessos ambientais do Governo Federal, a “Marcha a Ré”, parou o centro da Cidade na última segunda-feira, (18.06). Os manifestantes saíram do Museu de Arte Moderna no Rio de Janeiro (MAM), na Cúpula dos Povos, em direção ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Manifestantes pintaram o rosto com urucum e saíram caminhando e cantando “Pra não dizer que não falei das flores” de Geraldo Vandré. Como diz a letra da canção, ninguém ali queria esperar acontecer. Chamando a atenção do Governo Dilma Rousseff pelos desrespeitos que estão sendo cometido como a construção da Hidrelétrica de Belo Monte no Rio Xingu, no estado brasileiro do Pará. “Um, dois, três, quatro, cinco, mil! Ou para Belo Monte ou paramos o Brasil.” Cantavam, indignados.

“Estamos nas ruas porque cansamos dessa politicagem. O Governo Dilma Rousseff é um governo que mente descaradamente. Que deixa o Brasil retroceder. Não dá para aceitar a Hidrelétrica de Belo Monte que já é um projeto em construção. Não aceitamos o veto tímido que a presidente Dilma deu ao novo código florestal, que a ela poderia ter vetado por inteiro. Nós não vamos aceitar, estamos aqui para pedir para a Presidente um basta.” Resumiu Malu Ribeiro, Coordenadora da Rede das Águas da SOS Mata Atlântica e uma das organizadoras da Marcha.
Foto: Raquel Oliveira

"Rio+20 Dilma, com que cara você chega?" estava escrito no adesivo que os manifestantes distribuíam. O slogan da manifestação era uma imagem da presidente com uma motosserra nas mãos.

No calor da manifestação, já na Av. Chile, onde fica o BNDES, os manifestantes marcharam de ré gritando “retrocesso”. "Queremos simbolizar os retrocessos da agenda socioambiental do país", disse um dos militantes, Felipe Souza 23 anos.

Chegando ao BNDES, manifestantes penduraram um cartas escrito “BNDES- Banco Nacional do Desmatamento e Exclusão Social.” Criticando o financiamento concedido pelo banco para a instalação de hidrelétricas na Amazônia. Sem violência ou quebra-quebra, o militante do Comitê Universitário em defesa da Floresta, da UNB – Universidade de Brasília, Caio Miranda, vestido de Dilma Rousseff, queimou num mapa de papel, a parte que simboliza a Amazônia.



terça-feira, 19 de junho de 2012

Complexo do Alemão na Rio+20





Paralelo à Rio+20, O Complexo de Favelas do Alemão está sendo palco de diversas manifestações artísticas e culturais. A programação está sendo realizada nas seis estações do Teleférico (Bonsucesso, Adeus, Baiana, Alemão, Itararé e Palmeira) até o dia 22. Este movimento tem como objetivo debater a conscientização ambiental no conjunto de favelas da região, que tem na Serra da Misericórdia uma área de vegetação nativa da Mata Atlântica.


Nós nos Nós

Domingo, dia 17/06, na Estação da Palmeira foi realizada a oficina de ecoartesanato “Nós nos nós”. Utilizando material reciclado (tecidos e sacolas) a oficina teve como público alvo pessoas com mais de 12 anos. “Além de reaproveitar material antes inutilizável, como o próprio nome já sugere, a ‘nós nos nós’  objetiva criar uma grande corrente de bonecos de mãos dadas.” Explicou a Artesão Maria Penha.


quinta-feira, 14 de junho de 2012

Favela+20


Debate "meu mundo no Planeta" inaugura programação da Rio+20   na Comunidade da Babilônia e Chapéu mangueira




Quem pensou que a Conferência das Nações unidas para o Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, é um encontro entre chefes de estado e grandes empresários, se enganou. Hoje, na UPP Babilônia - Chapéu Mangueira, no Leme, foi realizado um grande debate entre jovens de diversos lugares do mundo com objetivo de redesenhar o futuro do planeta.
Organizado pelo Ica - Núcleo de Informação, Conhecimento e Atitude, o debate foi a culminância do projeto "Meu Mundo no Planeta" que traz a tona a discussão acerca da sustentabilidade através do viés do social, ambiental e econômico.
Jovens de diferentes perfis se reuniram para discutir  eixos da Rio+20 através dos dados de uma pesquisa proposta pela instituição. O resultado foi uma lista de sugestões para tornar o planeta um lugar melhor. Esse documento será apresentado para a Cúpula da Rio+20. Entre os assuntos estão transporte, consumismo, economia verde, desenvolvimento sustentável e etc.
“ É papel da juventude pautar a agenda política em prol de uma sociedade sustentável. É hora de pensarmos como queremos o futuro” disse, durante abertura do debate,   Alvaro Maciel, Presidente do ICA.
A pluralidade cultural aqueceu o debate. Moças e rapazes de diferentes realidades discutiam juntos os rumos do planeta. Da favela ao exterior, passando pela Zona Sul do Rio de Janeiro, jovens de diferentes e personalidades, formações e nacionalidades mostravam suas visões em prol de uma mesma causa: um mundo melhor.  
Laura, 29 anos, ecologista, Colombiana, morou 8 meses em Manaus e agora está fazendo mestrado aqui no Rio. “ Vejo que aqui no Brasil há carência de políticas públicas em prol do meio ambiente.” 



“É fundamental que a gente pense no meio ambiente e na sua preservação. As próximas gerações dependem de nós. Não adianta pensar em um mundo mais justo, erradicar a  pobreza,combater a violência,  melhorar a educação, se não houver futuro. O primeiro passo para mudar o mundo e preservando-o” Declarou Lara Espirito santo, 24 anos. Ex-aluna da escola Britânica  e mestre em economia Sustentável.  

“ Acho que cada um deve fazer sua parte. Esse tipo de debate é importante pra nossa conscientização.” Victória Povoa, 15 anos. Estudante da Escola Municipal Santa Catarina.

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Pente-fino na Educação




Hoje, foi publicado no Diário Oficial do Estado, o afastamento do cargo de diretora Geral do Instituto de Educação Rangel Pestana,  Luiza Leopoldina. 

A Secretaria Estadual de Educação (SEEDUC)  alega que o motivo da destituição do cargo foi o alto índice de reprovação no ano passado. A decisão autoritária do governo ditador de Sérgio Cabral  revoltou estudantes e professores, que se mobilizaram, suspenderam as aulas  e foram para as ruas, em busca de justiça.

O Instituto de Educação foi a primeira  escola do Brasil a  eleger um diretor   através do voto direto da comunidade escolar. Uma escola de referência em ensino na região, tem como excelência a formação de professores. Acatar essa decisão autoritária é um retrocesso.
 
Charles Nóbrega, ex-aluno.
"Isso é uma política autoritária.  O governo quer nos adestrar. Alto índice de reprovação  é uma alegação absurda e infundada. Não vamos aceitar"  Diz, indignada, o Professora  de inglês, Janete. 

 " A eleição direta para diretor foi uma conquista de  estudantes, pais e professores. escolher seu representante é um direito que o Estado quer  roubar. estamos indignados.  Quem deveria ser distituído do Cargo é o Sérgio Cabral, isso sim." revela o  Ex-aluno  Charles Nóbrega, 22 anos. 
 
 Estudantes e profissionais se dirigiram  para as ruas do Calcadão de Nova Iguaçu, onde realizaram um protesto, exigindo a volta da diretora.

Guilherme Félix  Presidente do Grêmio
"Os estudantes estão protestando contra o autoritarismo. É papel fundamental do Movimento Estudantil estar de frente a essa mobilização. Enquanto a  diretora não voltar vamos protestar. Garante o Presidente do Grêmio, Guilherme Félix, 20 anos.  


" Não vamos nos adaptar. É papel fundamental dos estudantes ir à luta em busca de democracia. A Luiza tem feito um bom trabalho por nós, queremos ela de volta. Não vamos aceitar sua saída." Completa o estudante representante do Grêmio, Saulo Borges, 19 anos.  




                                                            Estudantes se mobilizam



Estudantes Protestam no Calçadão de Nova Iguaçu
                                      Estudantes seguram cartaz  na entrada da Escola