sábado, 15 de outubro de 2011

Terraço Espacial de Eddu Grau

Por Juliana Portella




Na tarde ensolarada do domingo, 19 de junho, tive o prazer de acompanhar a décima produção do Periferas Musicais. O personagem foi  Eddu Grau. Muito talentoso e simpático, o rapaz recebeu a equipe no terraço de sua casa no Complexo do Alemão, lugar onde nasceu e foi criado.
Ao chegar, fomos surpreendidos com preparativos para um churrasco. Enquanto montávamos e conferíamos o equipamento, Eddu e seu produtor e amigo Sammuel traziam os talheres, montavam a churrasqueira e providenciavam a cerveja. Lógico que nesse clima agradável não podia faltar o que de fato mais importava naquele momento: muita música. Com seu violão, o cantor e compositor Eddu Grau nos presenteou com múltiplas doses de seu talento.

A música de Eddu se destaca pelo ritmo delicioso que mistura MPB, reggae e uma pitada da malandragem do Rap. Com uma linguagem descontraída, contagia qualquer pessoa. Foi em sua adolescência, quando seus pais o mandaram para a casa dos avós em João Pessoa, no Estado da Paraíba, com medo que o crime viesse a influenciá-lo, que o rapaz  traçou sua relação de amor com a música. “Não estou preocupado em fazer sucesso, muito menos com a quantidade de pessoas que  escutam meu som. O mais importante é que percebam que minha música tem alma”, afirma Eddu Grau, que dá mais importância em como as pessoas o ouvem do que propriamente com a quantidade.

O perifera pretende ir além do lugar comum. Para ele, música tem que fazer sentido. Fazer pensar e tem que refletir a realidade. “A comunidade está respirando novos ares. Para além do funk. Faço música da comunidade para a comunidade. Componho aqui e solto ali na praça”, diz nosso Perifera, que vê sua música descendo as vielas do Alemão e alcançando esferas cada vez maiores.

Com o chegar da noite, um exuberante pôr do sol enfeitou o céu do Alemão e o clima familiar de churrasco na laje do nosso Perifera brindou a vista incrível.

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