De forma horizontal e pacifica um movimento com os mesmos princípios que o famoso Ocupa Rio, que passou quarenta e cinco dias na Cinelândia em outubro do ano passado, na Praça no Passeio, bem perto de onde foi realizada a Cúpula dos Povos. O movimento nasceu da indignação coletiva, pelo amor e vontade de lutar para construção de outro mundo, um mundo melhor. Os ativistas reivindicam uma maior participação popular nos processos de decisão, seja ela política, econômica ou social.
| flores nas mãos armas no chão |
Com cartazes de crítica as atividades da Rio+20 e a própria Cúpula, ativistas tiveram uma programação autogestionada. Um militante que se identificou como Pedro Indignado definiu a Rio+20 como a convenção das raposas para o bem estar das galinhas. “Sou contra esse evento chapa-branca onde tudo é uma farsa” declara. Nem o Rio+20 nem a Cúpula dos povos
No Ocupa Povos, não existe representação, nem democracia. Ninguém tutela ninguém, cada um fala por si. Mas não existe individualismo, tudo que é realizado visa o bem de todos. O movimento conta atualmente com a participação de ativistas de muitos lugares: Belo Horizonte, Porto Alegre, São Paulo, Bolívia Uruguai e até o gigantesco Ocupa Wall Street.
| Agenda autogestionada |
Mãe de dez filhos, Patrícia Queiroz, 37 anos, Mora há 25 anos na rua. Atualmente Patrícia tem casa, mora na Rua por opção. “Sou a favor da liberdade. Sou contra a criminalização dos moradores de rua. Cada um sabe de si. É na rua que a vida acontece”. Revela. Nesse contexto, “morar na rua” não é somente falta de opção, mas uma afirmação de indignação ante a situação de desigualdade, exploração, descaso, criminalização. E o mais importante: afirmação da liberdade. “Todo cidadão tem o direito de ir e vir”. “O morador de rua é um resistente, é na rua que a vida acontece.” Conclui.
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